TERMINANDO UMA HISTÓRIA DE AMOR - Capitulo 5

CAPITULO 5 Depois de um longo afastamento por motivo técnico, voltarei à minha história. Trabalhei por muitos anos no Banco do Estado de Minas Gerais, hoje Banco Itaú. Durante este período viajava muito, pelo Brasil todo e principalmente pelo Estado de Minas Gerais. Como disse no capítulo anterior, passamos muitos anos sem nos encontrarmos, mas nunca deixamos de nos falar. Era muito comum chegar em algum hotel e já ter sido contatada por ele antes de me hospedar. Ele ligava na Gerencia de Engenharia da empresa e se informava em que hotel me hospedaria. E conversávamos longas horas ao telefone e quase sempre altas horas da noite. Minhas viagens quase sempre eram multi-modal, às vezes ia de avião até uma capital ou cidade pólo e alugava um carro para chegar nas cidades mais afastadas. Uma destas viagens foi para Formoso, uma cidade que fica mais próximo de Brasília que de Belo Horizonte. Portanto, fui de avião até Brasília e lá a empresa alugou um carro para chegar ao meu destino. Era época de muita chuva na região e não consegui alugar um carro mais adequado para estrada de terra e chuva; tive que locar um Ford Escort absolutamente impróprio para o percurso em questão. Não lembro como foi nosso contato, mas sei que ele foi dirigindo para mim. Saímos cedo de Brasília fomos para Unaí e Formoso. Nossa intenção era estar de volta em torno de 19 horas. Porém em função dos percalços só conseguimos chegar quase três horas da manha. Mais uma vez foi inesquecível alem de uma grande aventura. O carro caiu em um mata burro, na volta deveríamos transpor uma ponte que estava interrompida e pasmem, tarde da noite em uma estrada muito perigosa devido a assaltos furou dois pneus. Mas hora nenhuma os acontecimentos nos estressavam. Era tão agradável estar em companhia um do outro que estas coisas passavam tranqüilamente. Lembro muito bem ate a roupa que estava usando: uma saia plissada à altura do joelho, cor pêssego de crepe de organza, casaco de linho creme tipo tailler muito ajustado feito por alfaiate e um scarpin da mesma cor da saia. Sou muito eclética ao me vestir vou da patricinha como descrito ao punk (como na foto do site) sem duvidas. Ele ficava encantado com o meu modo de vestir. E sempre procurei agradar, era fácil saber o que ele gostava ou não. Era interessante como desfrutávamos da companhia um do outro em clima de muito respeito e muitas declarações de amor. Desta viagem também tenho fotos e muito divertidas. Ele tinha muito orgulho por eu ter me formado em engenharia e era assim que se referia a mim para seus amigos. “Minha engenheira”.Este foi um dos grandes erros que cometi na nossa relação. Achei que ele ficaria muito feliz em que me tornasse uma “amélia” e cuidasse dele, da nossa casa, da nossa filha. Mas, hoje sei que para estes serviços deveria ter contratado profissionais e me dedicado à minha profissão, pois sei que foi através dela e também fisicamente que o conquistei. Ele sempre me achou muito bonita e sensual. Gostava das minhas curvas elogiava continuadamente; apesar de nunca ter concordado com ele na intensidade com que me elogiava. Isto não é baixa auto estima. Não me acho uma pessoa feia, sou bem normal; acho que tenho relativo bom gosto e sei valorizar meus melhores atributos e isso o encantava.