MarlaLamounier

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quinta-feira, setembro 28

TEXTO 5 - ABAIXO SP PELO MENOS NO PT por Carlão

"Sempre resisti ao provincianismo. Em parte, pela trajetória pessoal: filho de um imigrante português e de uma catarinense, nascido na Bahia, criado em Curitiba, com passagens por São Paulo, Rio e Brasília, antes de adotar Minas, sempre foi difícil aceitar comparações simplificadoras a partir da geografia. A outra componente era quase ideológica: a utopia (ou idealização?) de um mundo solidariamente sem fronteiras. Se “a classe operária é internacional”, por que cargas d’água iria perder tempo com brigas de paulistas com cariocas? Na outra ponta, assoprando forte na nuca, Tolstoi lembrava que para ser universal era preciso saber falar bem da própria aldeia. Pois mudei de opinião. Cansei. Não é mais possível que um país com a complexa e rica diversidade do nosso seja pautado por São Paulo. Nada contra São Paulo ou os paulistas, mas está na hora de o resto do Brasil se afirmar. Principalmente na política. A polarização que assistimos hoje é, acima de tudo, a polarização paulista entre PT e PSDB. As lambanças petistas, e tudo indica que estamos diante de mais uma, sempre nos levam à terra dos bandeirantes. Como ninguém, com um mínimo de dois neurônios, acredita que a campanha Lula teria qualquer interesse em dossiês contra Serra, só pode ser, mais uma vez, coisa do PT de São Paulo. Mas essa é só a ponta do problema. O PT, há muito, burocratizou-se. Seus filiados interferem muito pouco em suas decisões e quase nada controlam. Ou alguém acha que o apoio a Newton, por exemplo, seria aprovado em consulta a filiados? Tampouco quero aqui idealizar os filiados, mas é impossível pensarmos em democracia sem representação. O PT está abusando do direito de errar. Como partido de transformação, está dilapidando um patrimônio que não é propriedade privada de seus dirigentes. Como instituição que é, ao não ter mecanismos de controle, permite que o lado mais perverso do humano venha à tona. E, no centro, mais vez os paulistas. Por mais que a esmagadora maioria da imprensa seja francamente conservadora e manipuladora, que até o presidente do TSE tome partido e que a oposição seja golpista, isso não dá direito a ninguém, que age em nosso nome, de sair comercializando dossiês por aí. A solidariedade para “não jogar água no moinho da direita” ou o silêncio conivente, em nome do pragmatismo eleitoral, só nos fará afundar mais. Quem está, como eu estou, pedindo votos na rua, sabe bem da apatia e da descrença. Deixar que elas cresçam, a partir da nossa omissão, é fechar portas às nossas possibilidades. É sinônimo de rendição à mediocridade que tragicamente nos acompanha há séculos." Carlão 20/09

1 Comments:

At 29 setembro, 2006 10:54, Anonymous Anônimo said...

Cadê a história de amor que não escreveu mais?
Perdeu o tesão...

 

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