MarlaLamounier

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quinta-feira, fevereiro 23

TERMINANDO UMA HISTÓRIA DE AMOR - Capitulo 3

CAPITULO 3 As fotos são horríveis, mas nos divertimos muito passeando nos jardins da Torre de Televisão, ocasião em que fomos chamados de caipiras por moradores da cidade que passavam no local, só porque estávamos posando para fotos, na época era um mico. Ele sempre foi caçador, desde criança por influencia do pai e acho que também, do meu Tio Herbert. No dia primeiro de Janeiro em que nos conhecemos, saímos passeando pela fazenda e ele com intuito de conquistar, foi demonstrar o quanto era bom de tiro; atirando em um Trocal, que para mim não é mais que uma pombinha. Fiquei estupefata, não com o quanto ele era bom de mira, mas pela cruel coragem dele de matar um bichinho daqueles. Ele diz não se lembrar disto, mas naquele dia me prometeu nunca mais matar um bichinho. Acho que foi a primeira mentira que me contou, apesar de negar ate a morte que minta. Uma das qualidades dele que mais me encantava era a sinceridade. Ele sempre pareceu absolutamente sincero; sempre acreditei em cada uma das palavras que ele me dizia. Ele não tinha o menor pudor para expressar o sentimento dele. Dizia me amar sem nenhum constrangimento; sem nenhum medo de parecer ridículo ou correr o risco de não ser correspondido. Para ele o que interessava é que eu soubesse que ele me amava. Quando íamos para a fazenda passar alguns dias, tudo parecia mais encantador ainda. Se meu príncipe virou sapo eu não sei; o que sei é que com ele vivi um lindo e inesquecível conto de fadas. Na fazenda andávamos a cavalo na companhia da Nadia e Nélia, duas priminhas de segundo grau, filhas de Denise e Du, colhíamos frutas da estação, tomávamos banho no riacho, assim como nos contos de fadas. E para parecer mais real, fazíamos algo que nunca ouvi em tais contos: Jogávamos dominó à luz de lamparina e namorávamos por baixo da mesa, nos achando os mais espertos, pois julgávamos que ninguém percebia. Uma coisa que não consigo me lembrar é um apelido carinhoso que ele me colocou. Sempre tentei, mas nunca me lembrei e ele sempre me torturou por eu ter esquecido. Se alguém por acaso se lembrar, por favor, me falem. Não sei porque, mas acho que talvez a Ciça irmã dele saiba. Outro lugar inesquecível que fomos também foi em uma discoteca em Alexânia. Não me lembro de muitas coisas, mas me lembro muito bem do que sentia junto com ele, era simplesmente mágico. Nesta época ele tinha alistado no exercito, e estava aguardando se seria ou não convocado. E ele foi convocado e se apresentou nesta época em que estava lá. Não consegui dissimular minha decepção ao vê-lo careca. E tenho certeza que ele percebeu. Foi uma situação complicada, por que sou muito ligada à aparência e o achava lindo; porém, depois que ficou careca eu só via o nariz enorme dele e mais nada. Mas continuamos por mais alguns dias com nosso namoro de conto de fadas; mas pensando bem talvez neste dia ele tenha começado a virar um sapo e eu não tinha percebido. Ele me jurava amor eterno e nos prometemos a nos corresponder. Enfim, chegou o dia de voltar para Belo Horizonte para meus estudos, meu namorado. Recebi varias cartas dele ao longo do ano e segundo ele não respondi nenhuma. Passou o ano inteiro no exercito e economizou todo o dinheiro que recebeu de soldo.

5 Comments:

At 02 março, 2006 10:44, Anonymous Anônimo said...

Marla, estou adorando sua história de amor.
São quantos capitulos?
Abraços,
Zeze

 
At 02 março, 2006 21:57, Blogger Marla Lamounier said...

Nao sei quantos capitulos, mas muita coisa ainda vai acontecer. Pois estamos no capitulo 3 e ele relata o primeiro ano. De la para ca se passaram 26 anos.
Claro que nao sei como vou escrever, mas tenho muita vontade de escrever muito. Quem sabe assim consigo exorcisar esta historia.
Obrigada pelo estimulo,

 
At 03 março, 2006 16:14, Anonymous Anônimo said...

Marla,pelo jeito que voce se expressou estou sentindo que voce está desanimada,talvez,feridada,magoada,
não sei. Voce acha que vai valer a pena? Porque pelo título da pra sentir.Não é começando ou vivendo mas sim "terminando" uma historia de amor.E terminar na minha consepção é sempre doloroso.
Abraços,
Zeze

 
At 08 março, 2006 15:48, Anonymous Anônimo said...

E aí, desistiu?

Abraços,
Zeze

 
At 09 março, 2006 17:58, Blogger Marla Lamounier said...

Nao desisti. Passei por uma cirurgia esta semana e nao tive como escrever. Tentarei recomeçar hoje de novo.
Quanto à tristeza, ela sempre fica quando alguma coisa boa acaba. Mas nao sofro por isso. Quero escrever ate porque acho que é uma forma de homenagear a pessoa e a tudo de bom que vivi.
E quando falo em "Terminando..." é porque realmente acabou. Resta as boas lembranças e nostalgia de um tempo que foi muito bom. E tenho carinho por esse tempo porque me lembro só das coisas boas, nao fico remoendo as ruins que vivi.
Me aguarde.
Beijos,

Marla

 

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