MarlaLamounier

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quinta-feira, dezembro 29

ACOMPANHANDO CRIANÇAS DE 0 À 5 ANOS - Artigo 2

SE VOCE NÃO COMER TODO O PAPÁ, A MAMAE VAI TE LEVAR NO HOSPITAL PARA TOMAR INJEÇÃO... Por mais que todos nós sejamos bons para comer, em alguma hora de nossas vidas haveremos de tomar alguma injeção. Isto é fato. Por si só, isto já diz que este discurso não é o mais apropriado para convencer uma criança a obedecer. Não devemos subestimar a capacidade que os pequenos têm de entenderem e apreenderem as informações dos adultos. A verdade é o melhor caminho para convencer e educar. Diga sempre a verdade e se for necessário negocie alguma coisa que a criança goste. Exemplos esclarecem melhor. Quando tiver que dar um remédio a seu filho, não diga a ele que é um suco ou gelatina, porque se ele gostar vai achar que poderá tomar remédio a qualquer hora e se não gostar vai achar que todo suco ou gelatina tem aquele gosto horrível. Na hora de tomar o remédio diga: “Filhinho, você precisa tomar este remedinho para ficar bom da dor de barriga, de cabeça, etc... A Mamãe não sabe se é gostoso ou ruim. Se for gostoso ótimo, se não for a Mamãe te dá um biscoito ou uma bala para você comer por cima”. Diga a criança que terá que tomar varias vezes ate ficar bom. Não prometa brinquedos ou passeios, porque o tratamento pode se tornar muito caro. E principalmente cumpra imediatamente o que prometer, não se esqueça do prometido. Seja absolutamente integro e verdadeiro com sua criança. Ensine que ela poderá confiar em você, que tudo que você fala é verdade e é para o bem dela. Não diga nunca que você não vai explicar porque a criança não entende. Ela entende sim, e tem uma capacidade de assimilação muito maior que podemos imaginar. Use uma linguagem simples e clara; como se estivesse conversando com uma pessoa adulta que não tem muita informação. Não use o medico, dentista, injeção, remédio para amedrontar. Mais uma vez, use a verdade. Não crie medos na criança através de coisas que ela precisara durante a vida. A criança tem que ter medo do que realmente possa lhe causar qualquer tipo de dano; como por exemplo, atravessar uma rua sem atenção, porque o carro pode machuca-la e ate mata-la. O remédio, medico, dentista, hospital, injeção, exames de laboratório, raios-X, etc são necessidades que elas terão durante a vida e não devem ter medo, devem saber que às vezes não são agradáveis mas são necessárias e não têm como evitar tem que fazer, tomar, ir e pronto. Não use o escuro, o mendigo, o negro, o albino, o branco, o deficiente, a morte, o cemitério para amedrontar. Isto incutirá conceitos errados na criança. O escuro é bom e necessário para se dormir e descansar melhor; o mendigo é só um homem que não tem emprego e/ou saúde para trabalhar e precisa da caridade e respeito alheios, pois todos somos filhos do Papai do Céu. O negro, o branco, o albino, o índio são só pessoas diferentes da gente, mas por isso mesmo são bonitos e interessantes para nossa admiração. As crianças não fazem estas distinções sem um conceito prévio de um adulto. A morte acontecera com todos nós e não é uma coisa ruim, pois se estamos doentes e morremos vamos viver melhor com o Papai do Céu; se sofrermos um acidente é porque esta na hora de irmos para o Céu. O contexto vai depender da crença e convicção religiosa de cada educador, seja ele pai, mãe, avós e/ou professores. Se, ao ver uma pessoa em cadeiras de rodas, deficiente ou exótica, e a criança ficar curiosa e fizer muitas perguntas, não se sinta constrangido e dê as respostas todas que ela precisar; e se for possível apresente esta pessoa à criança, talvez ela mesma dê as respostas que não estamos sabendo como dá-las. Talvez, encontremos uma pessoa mal humorada ou nervosa, e aí com jeito contornaremos a situação, mas em geral estas pessoas nos ajudam, porque elas sabem através do próprio sentimento, a dor de um preconceito. E ajudando na educação e esclarecimento das crianças estará contribuindo para uma relação mais humana deste futuro adulto com aqueles, que são em algum aspecto diferentes de nós. Acredite sempre na capacidade de assimilação de seu filho; faça-o crer sempre que você é uma pessoa confiável e principalmente aja como tal. Palavras podem simplesmente serem jogadas ao vento e sumirem, atitudes mostram na pratica o que queremos que seja apreendido e cria a relação de respeito e confiança que precisamos que seja definitivamente incutido nas nossas crianças para se tornarem adultos que respeitam, confiam e são confiáveis.